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Marketing Digital para advogados: o que a OAB não permite?

Marketing Digital para advogados: o que a OAB não permite?

O uso dos meios digitais como forma de divulgação é cada vez mais comum para os profissionais, que recorrem a diversas tendências. Os advogados, por exemplo, podem explorar o marketing digital e suas ferramentas para divulgar o seu trabalho.

No entanto, antes de iniciar os processos de divulgação, é muito importante que os profissionais de advocacia entendam as regras permitidas pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) quando o assunto é marketing.

Afinal, existem especificidades desse setor que precisam ser conhecidas e respeitadas para garantir o pleno e bom atendimento, bem como uma divulgação eficaz, mas adequada.

Atualmente, existe uma tendência, um movimento do marketing digital[1]  no ambiente jurídico, uma vez que desenvolver ações de marketing promove novas oportunidades de negócio.

Inclusive, para alguns escritórios, as campanhas de marketing são consideradas uma das ações mais relevantes para o negócio.

Entretanto, é importante saber o que um escritório pode ou não colocar em prática quando o assunto é marketing, em questões legais, garantindo segurança ao processo e alinhamento aos órgãos reguladores.

O que é marketing jurídico?

O marketing jurídico consiste em um conjunto de técnicas do meio digital focadas em fortalecer a imagem dos advogados, promovendo um maior alcance frente aos potenciais clientes, sem prejudicar ou ferir o Código de Ética e a OAB.

Os profissionais podem ter excelentes resultados com o marketing digital. A partir de um bom planejamento e criando estratégias eficientes, o seu escritório pode ter uma boa base de clientes, de forma qualificada e regular.

Nesse sentido, a OAB estabelece alguns critérios para a realização da publicidade e do marketing.

Para isso, permite que os escritórios façam publicidade dos serviços que o negócio oferece e deixa isso bem claro no Código de Ética e Disciplina, no qual há um capítulo focado neste assunto. Contudo, o foco deve ser mais informativo.

De acordo com o provimento de número 94/2000, que dispõe a respeito de publicidade e propaganda e as informações sobre advocacia, é possível ressaltar como diretrizes e normas aspectos como:

  1. Os advogados podem anunciar seus serviços profissionais, coletivamente ou individualmente, com discrição e para finalidade informativa;
  2. É vedada a divulgação em conjunto com outras atividades e comércios;
  3. A publicidade deve se limitar a transmitir conhecimento para/do público, ou da clientela, a respeito dos serviços prestados, ou seja, informações sobre a área de atuação em si, se limitando a ela e sem prometer resoluções de casos;
  4.  Todo material deve considerar as normas do Código de Ética e Disciplina e do provimento.

Cabe ressaltar neste ponto que as orientações são bem diversas, exigindo uma interpretação cautelosa, sem ofender os princípios da profissão, para garantir a plena atuação nas estratégias digitais.

O que não é permitido no marketing jurídico?

É essencial que os profissionais fiquem atentos com relação às restrições que a OAB determina sobre a execução das estratégias de marketing

Não é permitido prestar serviços de advocacia via e-mail. Também é proibido fazer anúncios em rádio, TV, catálogos empresariais e em locais de uso público.

Contudo, ceder entrevistas, com cunho informativo, orientando sobre um determinado setor da advocacia é liberado.

Placas de identificação do escritório, por exemplo, não podem ser desenvolvidas com cores fortes e extravagantes. Além disso, estampar o nome profissional em objetos que não tem relação com direito, como chaveiros e calendários, também é vedado.

Não é permitido o uso de fotos de tribunais e edifícios em materiais de divulgação. Também não é liberado fornecer dados relacionados a valores cobrados, fixar honorários e manter pagamentos após depósito bancário. Resultados não devem ser garantidos também.

Na internet, é importante que os escritórios de advocacia ou o advogado se limitem à divulgação de conteúdos de importância para o leitor, ou seja, materiais relevantes e educativos, não sendo permitido fazer consultas gratuitas no universo online.

O pode ser feito no marketing jurídico?

Com as inovações no mercado, os advogados começaram a enxergar a importância em divulgar o seu escritório para alcançar potenciais clientes de forma qualificada, também otimizando o acesso a esse serviço.

Deste modo, o uso das redes sociais se tornou uma prática que ajuda a ganhar credibilidade e criar um bom relacionamento na mídia e com o público.

Todas as estratégias de marketing jurídico são focadas em criar relações com os clientes.

Mas, afinal, como os escritórios podem incorporar as técnicas de marketing jurídico?

Dentre as práticas regulamentadas, os escritórios podem ter um site e criar anúncios para internet. Contudo, é preciso ter atenção ao formato e informações contidas neste anúncio.

É possível utilizar blogs e redes sociais para esta finalidade, mas adequando o material a ser patrocinado conforme as diretrizes dos órgãos, como ser um material de valor informativo.

As leis permitem que os logotipos tenham cores, com preferência por tons mais neutros, e a utilização de fotografias é um recurso interessante, mas é necessário ter cuidado com a escolha das cores – que precisam ser coerentes com a identidade.

Em situações de divulgações na imprensa os advogados e escritórios podem:

  • Mencionar títulos e qualificações profissionais;
  • Citar prêmios conquistados;
  • Participar de palestras em eventos jurídicos;
  • Criar conteúdos baseados nas estratégias de marketing de conteúdo.

Deste modo, conhecendo melhor todas as regras estabelecidas pelo Código de Ética e pela OAB, os profissionais de advocacia podem elaborar melhor o seu plano de marketing e assim potencializar os seus serviços e resultados.

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